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Jogo 112/54: Tolerância zero...

  • Foto do escritor: Ser PAImeirense
    Ser PAImeirense
  • 7 de ago.
  • 3 min de leitura

2 de junho. Início de tarde.

No esperado dia do sorteio dos mata-matas das copas, a competição internacional revela, em mensagem de Madu, um inédito Derby. As mensagem e conversas que seguem vislumbram - mesmo através da distância de tempo - que os espíritos deverão estar armados.

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30 de agosto. 21h30.

Com ida na Entulhão, a derrota por placar mínima transforma a noite - e o dia seguinte - com sentimentos e atitudes também inéditas.


Diante da operação dos bandidos da arbitragem, a revolta do adulto se transforma em desânimo único. Sentar-se à cadeira da mamãe após a anulação do empate e ver/ouvir a indignação de Madu com o traçado das linhas e, posterior e silenciosamente a pequena se aproximar e acariciar minha cabeça mostra que as histórias do gramado estavam muito além de uma má atuação - aliás, jogamos bem...


Já alijado da idéia de abandonar essa rotina, a manhã reserva as pequenas indo às escolas com seus respectivos cachecóis. Maju, Madu e eu somos zombados. Agora, em uma semana, a resposta em casa será sob nossos gritos.

Antes, Madu garante os ingressos na 'força do ódio'. E nem é dos gambás ou da arbitragem - descarregue quarta, filha...

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6 de agosto. Allianz Parque.

As pequenas se aprontam e após padaria e abastecimento, a busca por mamãe nos leva ao confuso acesso à Castelo - superado com sucesso. Caminho tranquilo e estacionamento no lugar de sempre.

No Bourbon, exposição do mar e jantar.

A entrada cedo não tem a PM amiga de Maju. Copo. Brincadeiras com bandeirinhas de passatempo. Felipe Melo mostrando qual sentimento domina os torcedores.

Próximo do tardio horário de 21h30, o mosaico se une ao show de luzes que Maju tinha saudades. Os gritos para a virada dão esperança.

Tudo desmorona com 15 minutos, quando Aníbal faz a burrice de dar uma cabeçada na cara do adversário.


Os 90 minutos seguintes são de tortura: incompetência, desorganização, falta de atitude. Os 2 gols de bola parada sofridos causam um estrago histórico irreparável. Pela primeira vez somos eliminados pelos gambás em uma competição que não fosse o estadual.


Únicos momentos bons são o alento de Madu e Maju entendendo o desenrolar das jogadas olhando pro campo...

Os minutos finais têm, após 5 anos, os protestos que deveriam vir antes de tudo de ruim acontecer.

A ironia das cestas 'Nutella' na véspera foi extremamente perpicaz.


Falo há tempos com você que temos um time muito bonzinho, Madu. E isso é problema.


Os gritos enraivecidos miram a incompetente Leila, que ao invés de se preocupar com a melhora do time, arquiteta mudança no Estatuto pelo terceiro mandato. Vascaína tosca.


A direção que vai morrer abraçada com a política de jogadores jovens com poder de revenda. E o time ficando cada vez mais inocente.


Os jogadores que não conseguem desempenhar e não demonstram mínima disposição em chamar a responsabilidade.


E, por fim, Abel. Gratidão pelos anos em que se mostrou empolgado mas aplaudir com ironia a dor de um povo que vai ter que carregar no peito todos esses pontos fez Madu transformar sua expressão de forma linda e dramática.

Orgulho por mandá-lo pra lá, filha.


Assim como nos contemporâneos embates sobre ídolos políticos, a arquibancada teve a mesma gente que deveria seguir unida pelas trincheiras se socando por colocar o português acima do P no peito.


Maju chorar de medo foi lamentável - felizmente, no dia seguinte ela diz que torceu para que quem estivesse batendo no outro fosse o palmeirense, e não o torcedor de técnico...


Os 4 meses e meio ainda nos reservam o Brasileirão e o mata mata da Libertadores, em uma semana.


Hoje, a esperança está abalada. Neblina. Que surja luz.


Fé em 29/11.




 
 
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