'The Last Dance' e o valor de um segundo...
- Ser PAImeirense

- 22 de out. de 2024
- 3 min de leitura
Atualizado: 23 de out. de 2024
Março/2024
A primeira reunião do ano escolar reserva, para outubro, o Basquetebol 3x3 Misto como modalidade pra os Jogos Escolares.
Madu, em seu último ano como aluna Zilda Arns, anseia o tricampeonato consecutivo - ajudou a conquistar o Pique Bandeira em 2022 e o Futbol Callejero, ano passado...
O esporte da bola laranja começa a fazer parte de nossas atividades. No parque, na escola, na parede da nossa varanda.

Nas aulas, se destaca como armadora. Versátil, mostra bases de ala e até pivô...
O início de outubro traz nas tarefas sobre cidadania uma votação onde as crianças deveriam escolher um aluno e uma aluna que eles gostariam que os representassem. Não apenas pela técnica, mas virtudes como liderança, potencializadores de estima entre outras eram importantes para a escolha.

A mesa da cozinha ficou encharcada com lágrimas de orgulho quando a apuração coloca Madu como aluna mais votada entre mais de 100 crianças...
Assim, os treinos caseiros se intensificam.
Acompanhada por outros 8 alunos, representarão a escola no torneio.
21 de outubro.
Até a corrida de ontem, em São Bernardo, é abortada. Não me estresso por Madu não acompanhar o segundo tempo do nosso enorme 5x3 no absurdo horário das 20h de domingo. Descanso necessário...
A pequena pula da cama antes dos despertadores. Se apronta, estilosa, ansiosa e concentrada.
Com Maju de assistente técnica - ah, e como me arrependo de não tê-la levado ano passado - alguns ajustes são feitos na quadra molhada, antes da van que nos levará a cerca de 2km, numa escola central...
Combinado, os alunos se espantam por sermos a única escola a cumprimentar todos os outros na chegada. Nos dias de hoje, gentileza é notícia...
Sinais de superstição, o derradeiro jogo de coletes que resta é o verde.
A fase de grupos é superada com vitórias por 14x4, 20x2 e o irritante revés no último jogo - resultado que mudaria todos os rumos...
Durante os amistosos cooperativos, Maju machuca a boca mas logo se recupera.
O almoço repõe energia e dá minutos de descanso para os jogos eliminatórios da tarde.
Madu traz sábias palavras à equipe.
A semifinal tem um segundo tempo de magnífica recuperação, mas não suficiente para evitar os 12x16, que nos tira a chance do troféu.
Análise rápida - com bronca necessária - a calma e demora por nossa parte, em momentos de posse, são decisivas para carregar pra sempre o sentimento de que 'era possível e o vacilo foi nosso'.
Crianças, desfrutem e aproveitem com intensidade cada momento, cada segundo das suas vidas. Eles podem fazer diferença eterna. Podem trazer chances únicas e a atitude de agarrá-las deve passar por suas próprias percepções, não por ordens alheias...
As lágrimas nos olhos são punição imediata.

Na dúvida sobre pódios e capacidades, Deus oferece nova oportunidade - certeza, por serem merecedores.
A disputa pelo terceiro posto contra a equipe que nos derrotou.
Como mágica, as energias se renovam, o entendimento é visível e a palavra revanche se faz presente.
Talvez no grande jogo do dia, o empate em 14 pontos leva a decisão para os lances livres.
Empate na série inicial.
Corajosa, só resta a Madu rezar após erro na alternada. Com fé em dia, a vitória vem com comemoração de título.
Bronze dourado.
Medalhas, fotos. Letícia que surge do nada, trazendo sorrisos...
E, ao final de um dia que foi uma montanha russa de emoções, o saldo positivo nos sorrisos de cada um dos escolhidos.
Desfrutem nesses dias que restam no Zilda.
E vão com tudo, aproveitando cada momento, nos anos que se avizinham.
Cuidarão de nós, adultos.
Confiamos em vocês...

*Madu, foi uma honra ser seu Professor durante esses anos. Não apenas por ter aprendido vários esportes, mas seu senso de liderança me deixa orgulhoso. Continue assim, filha. Eu te amo.
























































